Friday, September 08, 2006

Retratos

Cada um pinta a sua imagem como quer. Como disse P.C.: "Toda a gente é feita de materiais diversos. Uns mais luminosos, outros escuros, uns doces, outros cheios de arestas... E há ainda pessoas que são tudo isso, mas ainda assim não encaixam nessa categoria."
Eu não me consigo definir. Não por ser demasiado bom ou demasiado mau, não é falta ou não de modéstia, nem uma falsa modéstia. Não se trata disso! É apenas a incapacidade de explicar a minha essência. Podia dizer-se que o meu retrato é demasiado nublado para descrever. Pinceladas, aparentemente, lançadas ao acaso.
Neste endereço sou assim. Algo incerto, muito vago, um mistério. No entanto, quando saio deste endereço, sou uma pessoa diferente daquela que aqui escreve. Mais pacífico, mais moderado, mais adaptado ao meio pelo qual passeio. Usando uma máscara social, que ninguém admite que usa, mas que toda a gente ostenta. Neste espaço de liberdade escrevo o que quero, digo o que acho que devo dizer, penso alto com o mundo. Aqui "deitei fora a máscara e dormi no vestiário como um cão tolerado pela gerência". Aqui sou eu, sem medos ou interesses. Só eu.
E tu, quem és?

3 comments:

Anonymous said...

os cães, mesmo os vadios, quando estão deitados no chão são inteiramente livres e felizes. Porque não há mais nada entre eles e a terra. Toda a energia que dali se desprende, percorre-lhes, suavemente a alma, antes de sair em direcção às estrelas.
A pergunta não é "quem sou", mas sim, "por que não sou livre como um cão deitado?".
;)

ps: regra número um das citações, usar aspas ou dizer evasivamente, como alguém disse"...

andré said...

Efectivamente tens razão, todos procuramos essa felicidade e liberdade, se bem que seja muito difícil atingi-la.
Abraços
PS: tens toda a razão, vou já rectificar isso.

Anonymous said...

ainda dizes q escreves +/- ! um dia quero escrever mais ou menos como tu! xD beijinhos Ana Lina Xarope