Monday, March 19, 2007

No meu país (parte 1)

"Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura..."


Parti daqui. O resto não interessa e o que pensei até poderá soar bem agora, mas será contrariado, serei desmentido, serei chamado de louco, por aquele que no farão do futuro algo mais brilhante. Algo que neste momento (me) parece impossível.
Ainda sou forçado a acreditar que não passamos de homens com fogo, que não sabem o que fazer com esse fantástico elemento. Existe por aí talento, pode estar oculto ou não ser reconhecido mas existe. Mas mesmo assim, não sabemos o que fazer com ele. Normalmente, aqueles que possuem algum talento, são castigados, que nem Prometeu que ousou roubar o fogo sagrado.

Se pensarmos bem, quantos houve que passaram pela vida e viram ser-lhes concedida a graça do reconhecimento? Neste país à beira mar plantado, podíamos contá-los pelos dedos das mãos. Talvez bastasse uma mão. Temos falta de vontade e medo do que é novo e desafia as convenções estabelecidas, pelo menos foi esta a conclusão a que cheguei.

Apesar disso, acredito em nós. Acho que não pode piorar muito mais e creio que certo dia nos ergueremos das cinzas, como uma Fénix que apenas precisa de tempo para renascer.
E por isto, acredito que há salvação, pois como disse um português, cujas obras só foram aceites e compreendidas (achamos nós...) depois de morto:

"Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar...